CAPÃO DO LEÃO
- Classificação: Condrito Ordinário L5.
- Massa total conhecida: 210 g.
- Ano: encontrado em 2019.
- Procedência: Capão do Leão / RS.

Na noite de 10 de abril de 1999 o então motorista da Universidade Federal de Pelotas Altamir Maduell Gonçalves, pescava as margens do Arroio Padre Doutor, próximo ao município de Capão do Leão, no Rio Grande do Sul. Como ele mesmo relata “a pescaria não estava muito boa”, até que em determinado momento ocorreu um clarão no céu, “como se fosse uma pistola de solda”, sentiu então uma forte rajada de vento, seguida de barulhos de algo cortando os ares.

 

- “no início achei que alguém havia atirado uma bombinha de São João para me assustar” lembra Altamir.

 

Com uma lanterna, Altamir focou na direção de onde ouvira os sons e encontrou uma pedra diferente com 319 gramas... “Não havia fumaça e as gramíneas estavam frias, então coloquei a pedra na sacola vazia de peixes e recolhi o material de pesca”. Na manhã seguinte Altamir retornou ao Arroio e encontrou mais duas pedras semelhantes, desta vez menores.

 

As amostras de Altamir estão guardadas a sete chaves e não se tem ideia se são mesmo meteoritos. Segundo as fotos divulgadas em algumas reportagens, parecem se tratar de escórias.

 

0 geólogo Ricardo Decker da Cruz  foi o primeiro em achar que as rochas eram de origem extraterrestre. Anos mais tarde o geólogo Carlos Bonow realizava pesquisas na área, quando encontrou uma amostra estranha com quase 1.5 quilos, a uns metros de onde Altamir pescava naquela fatídica noite. A rocha tinha aspeto bem diferenciado e por isso foi enviada para a USP onde seria analisada, mas sumiu.

 

Em 2019 o arqueólogo e pesquisador da área meteorítica José Maria Monzon escutou a história de Carlos e resolveu visitar a área do achado. Entre outubro e novembro de 2019, José e seu filho Camilo encontraram cinco amostras totalizando cerca de 180 gramas. Destas, três se encontram no nosso acervo, uma no Museu Jóias da Natureza (SP) e uma no Museu Nacional (RJ).